Sinto uma ansiedade sem motivo. Sensação de esperar algo, quando não há nada por chegar – ou pior, sem saber o que espero que tanto me aflige. Sensação de medo e tensão pelo que este por vir, mesmo pisando e tateando pelo chão mais firme; embora esteja tudo escuro.
Não, a gente não vê o que há ao nosso redor. No máximo sombras, que não só não mostram o real como muitas vezes nos confundem. Porque o que nos guia na verdade são os cheiros, os sons; vez ou outra arriscamos tocar ou sentir gostos. Mas nada está óbvio e claro.
Mas internamente algo grita que se tente, que se arrisque até encontrar aquilo que te satisfaz – e faz – humano. Comumente chamado de felicidade. Eu chamo de essência. Pois felicidade é encontrar – e conhecer – a si mesmo, e te fazer sentir que você faz parte do mundo. Para alguns é a família; para outros, trabalho; para outros, poder; para outros, é ajudar os outros; para outros ainda, é preciso sentir-descobrir que faz parte de um plano maior. Pouco importa – todos buscamos esse algo que nos torna nós mesmos, não importa o quê.
Só não se pode deixar de buscar esse “o quê”. Porque parar nos deixar sem sentir nada, apenas preso num cantinho dessa escuridão que nos atordoa – e nos devora – e nos deixa com cada vez mais medo. Porque nada é mais assustador que o desconhecido.
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