De onde surgiu essa obrigação tola que a sociedade nos impõe de estar sorrindo o
tempo todo, feliz o tempo todo? Sempre rodeado de pessoas, interessantes ou não, não importa. Distribuindo sorrisos, abraços e beijos. Forçando conversas quando nada tem a se falar. Ou até tem a se falar, mas nada a se dizer (porque são duas coisas totalmente diferentes). Você tem que ir a festas, tem que estar sempre com vontade de dançar, pular, cantar, de onde veio isso?
Não, não sou uma chata anti-social. Sou muito alegre. Mas muitas vezes eu oscilo para o lado chato da coisa. Quero conversar com quem tenha coisas interessantes a dizer, seja divertido, uma companhia agradável. E no dia em que estiver disposta, porque não suporto forçar sorrisos. Tem dias que, enquanto todos estão na festa, minha única vontade é ficar em casa vendo um filminho, e isso não significa que eu estou depressiva. Aliás, muitas das vezes que faço isso estou muito bem comigo mesma.
E até porque, isso de ter que ser alegre o tempo todo é bem fútil! Posso ser feliz sem respirar efusividade e gritar aos quatro ventos que minha alegria é extrema. E estar acompanhada de mim mesma muitas vezes é a melhor coisa que eu faço. Não, não que eu seja egocêntrica, ou ache que não precise dos outros. Eu até preciso, mas não o tempo todo. Na verdade, isso de precisar o tempo todo é bem uma necessidade de quem quer completar o vazio de si mesmo. Por isso eu me cultivo, antes de tudo: meu amor próprio, minha aparência, meu conteúdo, meu eu.
É, acho que, na verdade, o ideal é ter equilíbrio, só isso. =)
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