terça-feira, 12 de abril de 2011

Pop/rock/axé/rap/emo (você escolhe!) in Rio

Tudo bem que o Rock in Rio, mesmo com esse nome, raramente aconteça no Rio de Janeiro e por ser um grande festival de porte internacional, tenha bandas influentes no mundo atual, sem necessariamente ser Rock. Eu mesma, sou fã de Coldplay, embora muitos o aproximem mais do pop do que do rock (e eu até concordo para os dois últimos CD's, o Viva la Vida e o X&Y).
Mas alguém me explica qual a lógica desse festival? Ok, primeiro dia é dia do pop (23/09). Elton Jhonn, grande nome na história do pop mundial. Rihanna e Kate Perry, o auge do pop atual, com suas músicas tocando em todas as boates, academias e mp3 dos adolescentes. Mas CLÁUDIA LEITE??? O que uma cantora de axé faz aí?Não que suas letras sejam muito diferentes das outras duas cantoras, mas o gênero... Sem comparações. Axé é axé. Axé que toque em micaretas, em festivais de música nacional, ok. Mas no Rock in Rio, não dá.

Cláudia Leitte e sua guitarra! Uhuuu!!!

Dia 24/09, Red Hot Chili Peppers, Snow Patrol, Capital Inicial, Stone Sour e... Nx Zero. Eu poderia passar horas discutindo da ofensa que é chamar essa banda de rock, mas às vista do exemplo anterior, "até que não tá tão horrível assim".
Dia 25/09, Metallica, Slipknot, Motörhead e Coheed and Cambria. Um dia descente, compatível com o evento.
Dia 30/09: Shakira (oi? dia do pop de novo?), Lenny Kravitz (mesmo comentário sobre Shakira), Ivete Sangalo (rever opinião sobre Cláudia Leite), Jota Quuest (ok, tá dentro da linha ainda) e Marcelo D2 (RAP????).


Agora, amigos, o motivo da minha maior revolta. Dia 01/10. Dia chamado pelos próprios organizadores de rock alternativo. Confirma Coldplay. Confirma Skank, uma banda nacional totalmente à altura, uma das melhores em atividade na minha humilde opinião. Meses e meses esperando confirmações. Você pensando em todas as bandas de rock alternativo do mundo que poderiam vir. Torcendo por algo do tipo Franz Ferdinand, The Strokes, Keane. Sonhando com um Radiohead (embora remotamente, pois ela seria a headline se tocasse, e esse "cargo" já estava atribuído ao Coldplay). Passa o tempo, confirma-se Frejat. Ok, mais duas na fila de espera. E agora, há mais ou menos meia hora, confirmam... Maná e Jay Z. Gente, rock alternativo não é música latina, porra!! Não é rap!!! E ainda, bandas esquecidas! Maná mal é lembrado, com uma meia dúzia de músicas conhecidas por causa das novelas da Globo (me desculpe quem gosta de Maná, e achar que eu sou desinformada. Eu SEI que ele tem mais músicas, que tem muitos fãs e tudo. Mas ele definitivamente não se destaca em nada musicalmente falando. São clichês. E isso me basta.) E Jay Z, um rapper... Normal. Nada em especial. Nenhuma grande crítica, nenhum grande histórico. (E quem vier defender que ele é ótimo e tem músicas maravilhosas, vale o mesmo argumento sobre Maná. Você pode até gostar, mas genial ou inovador ele não é. E nem me agrada.)



Último dia (02/10) , Pitty e Guns N'Roses por enquanto. Vamos esperar surpresas positivas. Embora elas estejam bem distantes, depois de tantas frustrações.
E que venha o festival!

Introspecção

Certa vez, fui num analista e ele me disse que eu precisava parar de procurar explicação pra tudo. Porque na verdade, eu mais sinto do que penso, mas a minha ânsia de sentir faz com que eu queira explicar tudo o que se passa comigo, o que sinto, o que penso. E as palavras nos dão uma chance de tentar organizar tudo direitinho, fazendo com que tudo sempre tenha um sentido. Mas acontece que elas são tão insuficientes que não explicam nada no fim das contas, e geralmente distorcem, confundem tudo, fazendo com que a gente pense que passou pelo que não passou e esqueça o que se passou de fato. Eu só quero vivenciar cada momento da minha vida e não deixar passar nenhum detalhe. Observar cada sorriso e cada ausência dele, cada olhar e cada desvio, cada estresse e cada calma, cada cheiro, cada gosto, cada som e cada silêncio, cada luz e cada sombra, e poder fechar os olhos e voltar pra qualquer momento, sem a necessidade de descrevê-lo. Assim, chegamos o mais próximo do real. Da essência. Do que importa.